Interessante notar que a palavra ócio, em grego, é skole; de onde deriva a palavra escola em português, que em latim é schola e em castelhano, escuela. Quer dizer, os nomes dados aos lugares destinados à educação significavam ócio para os gregos. Assim, eles consideravam o ócio como algo a ser alcançado e desfrutado.
Para o filósofo Aristóteles, o ócio era uma condição ou estado - o estado de estar livre da necessidade de trabalhar. Ele fala também da vida de ação, entendendo por ação atividades dirigidas para a obtenção de fins materiais. Não considerava ócio a diversão ou o recreio, porque eram atividades diretamente relacionadas com o descanso do trabalho; e a capacidade de viver devidamente o ócio era a base do homem livre e feliz.
Já o conceito de ócio dos romanos na Idade Média era que as pessoas muito ocupadas buscavm-no não como um fim, mas como descanso e diversão no intervalo de suas atividades - exército, comércio, governo.
De acordo com estudiosos, a vida de ócio dos gregos só foi possível por causa da escravidão, pois na época haviam duas classes de homens: os dedicados à arte, à contemplação ou à guerra; e os que eram obrigados a trabalhar, inclusive em condições precárias: os escravos.
Para os gregos, o ócio não significava não fazer nada, mas sim dedicar-se às idéias e ao espírito, na contemplação da verdade, do bem e da beleza, de forma não utilitária.
Vário autores e o cidadão comum utilizam diferentes termos para se referir ao tempo livre:
- Ócio (do latim otiu) = vagar, descanso, repouso, preguiça;
- Ociosidade (do latim otiositate) = o vício de gastar tempo inutilmente, preguiça;
- Descanso = repouso, sossego, folga, vagar, pausa, apoio, demora;
- Lazer (do latim licere) = ócio,vagar.
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